28/08/2010

A costa do pacífico - Califórnia

Na minha 6ª viagem de avião desde que iniciei esta aventura, desta feita a caminho da emblemática cidade de San Francisco, fui aconselhada a visitar algumas cidades costeiras mais pequenas mas cheias de carisma.
Assim fiz, agarrei a vontade de conhecer e através de um carro alugado segui em direcção a Santa Cruz, uma terra de surfistas conhecida no mapa por ter dado origem à marca O'Neill. Santa Cruz respira um espírito muito cool. É colorida, pertence à América não turística, tem mar, tem sol, e as pessoas vivem numa realidade bem mais pacata do que aquela que experimentei por exemplo em Los Angeles.

Há três pontos de inegável referência em Santa Cruz, a Downtown com os verdadeiros bares americanos e cercados de móteis pitorescos a preços bem acessíveis, a Lightouse District onde se encontram os bonitos faróis a entrar pelo mar dentro, e ainda o Mystery Spot, um local místico, interessante e que nos deixa a pensar. Devido a algum fenómeno natural, ainda não definido porque senão passaria a ser o Solved Spot, o Mystery Spot pelo qual é chamado, é um local cujo campo electromagnético difere do normal, pelo que a noção de gravidade se altera face aos nossos padrões normais. Não se admirem portanto se as fotos vos derem uma sensação de quase ilusão óptica. Garanto-vos que não é.

A viagem prosseguiu para Monterey Bay, uma pequena vila piscatória, que normalmente atrai gente de todo o mundo pelo facto de ser uma baía de onde podemos ver diferentes espécies de baleias, para além de leões marinhos, caravelas, cisnes, entre outros. Há também diversos parques, pequenos é certo, mas de onde podemos observar como se faz a vida na Califórnia.
O ponto imediatamente a seguir chama-se Carmel By the Sea e é sem dúvida um local com qualidade de vida para se viver. Nota-se por isso que parte da população habitante é volátil, na medida em que este será destino de férias. Destaco as casas, extremamente enquadradas na paisagem, em estílo rústico, feitas de madeira, com plantas a cobrir as paredes, são uma boa razão para as fotografarmos. O mais incrivel é que até as estações de gasolina não chocam com a paisagem. Até a tabela da indicação dos preços é feita em madeira. Brutal.

Deste cenário ilidico segui ao longo de quase 400 km até ao imponente Yosemite National Park. É de cortar a respiração. A mãe natureza aparece aqui ao seu mais alto nível e é quase impossível não sentir uma espiritiualidade crescente dentro de nós perante tamanha grandiosodade. Nunca me senti tão eu nesta viagem quanto aqui. O céu é completamente estrelado, a escuridão impera, os sons dos animais selvagens ouvem-se ao longe e a vontade que temos é de nos sentarmos numa rocha e meditar. Com mais de 3 mil km2 o Yosemite tem uma grande biodiversidade. Desde ursos, a linces, passando pelas águias, esquilos, veados, tudo parece conviver em harmonia.
Desta grande experiência ficam-me sobretudo as sequóias ou Big Trees como lhe chamam, são árvores lendárias, com séculos de existência que apetece abraçar; fica-me também o Yosemite Valey com os seus riachos e pequenos lagos, mas também por uma densidade de árvores que impossibilita a penetração do sol; e ainda o Glaciar Point cuja vista nos faz sentir minusculos. É contudo um local de profunda reflexão, de encontro connosco mesmo, de cura.

Estou a chegar a San Francisco, mais novidades sugirão nos próximos dias.

2 comentários:

  1. Olá boneca, espero que esteja a correr tudo bem. Tenho que te apanhar pela net para falar mais um bocadinho contigo.
    Adorei ler o teu blog :)

    Continuação de uma boa viagem amiga *******

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  2. Olá princesa :)

    Estou quase a voltar para casa, quinta-feira já aí estou. O Burning Man foi a cena desta viagem, não tens noção, é altamente mesmo!
    Ias curtir como tudo.

    Até já e obrigada por estares comigo

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