Um ano

Precisamente o tempo que me falta para concretizar o meu grande sonho, a viagem da minha vida. E curiosamente, é também durante um ano que pretendo entregar-me ao mundo e às maravilhas que ele tem para me oferecer.
Com a viragem do Outono e com os dias a tornarem-se mais curtos pelo anoitecer antecipado, tenho tido mais tempo livre (por assim dizer) para pensar sobre tudo o que quero fazer e elaborar uma estratégia para poder prolongar a minha viagem se essa for a minha vontade na altura. Tem-me passado imensa coisa pela cabeça, e os planos estão constantemente a sofrer mudanças, mas uma coisa é certa. Há um país que não vou deixar escapar e que será muito provavelmente o primeiro da aventura, Brasil =)
Não é apenas a ligação à capoeira que me provoca este desejo, é muito mais que isso. É o espirito, a frescura, as paisagens, o calor, as pessoas, a música, o bem-estar, tudo bem envolvido e com uma cereja em cima do bolo: ter a possibilidade de ficar em casa de um bom amigo durante um período de tempo considerável, sem encargos e num cenário quase idílico. Vai ser lindo, Brasil me aguarde!!!
Mas este fim-de-semana estive também de passagem por Esposende, pela festa de anos de uns amigos de um amigo meu (desculpem se é confuso), o Adrian, que são australianos. Então outro país, gigantesco, surge na minha lista de países a visitar, a Austrália. E já que estou na Oceânia porque não aproveitar a longa viagem e dar um salto à Nova Zelândia hehe
Acreditem, o pior não é escolher para onde ir, é conseguir aguardar até lá porque só assim terei dinheiro para andar a saltitar de poiso em poiso.

Couchsurfing

Depois do Hospitality Club, o Couchsurfing :)
Um maravilhoso meio de intercâmbio cultural criado a partir da internet e que úne homens e mulheres de todo o mundo em torno de um objectivo comum: oferecer acomodação gratuita a viajantes e, sobretudo, oferecer um contacto próximo com as comunidades locais, transmitindo-lhes as tradições, os costumes, os hábitos daquela cidade, região, país.
Tenho plena noção de que o facto de acolher em casa pessoas que nos são desconhecidas pode provocar algum desconforto e até mesmo alguma desconfiança, mas acreditem em mim vale a pena correr o risco. No momento de pesar todas as vantagens e desvantagens de pertencer a este grupo, a minha decisão foi sem sombra de dúvida entrar.
E eu moro com os papás o que torna esta decisão mais complicada ainda. Porque se para mim isto pode ser muito natural, para os meus pais que são de uma geração completamente distinta o "sim" custou bem mais a dizer. Mas lá consegui convencê-los e a primeira experiência couchsurfing aconteceu nos dias 08, 09 e 10 de Setembro. Acolhi em minha casa o Oliver Schern, um couchsurfer alemão de 34 anos que decidiu inclui o Porto na sua rota de viagens.
Super simpático, viajado, humilde e com um enorme poder de comunicação, Oliver tornou-se um hóspede especial para mim e para os meus pais como demonstram as fotografias seguintes.

Tenho a certeza que novas aventuras vêm por ai, seja para acolher ou para tomar um café enquanto mostro alguns dos sítios mais bonitos da Invicta.