Stress repentino

Já puxei os meus e-mail praí umas 10 vezes e é oficial, ninguém está a trabalhar, é que só pode. Ou isso ou então ninguém quer falar comigo.
Bom, seja como for isso levou-me a ir dar uma olhadela à minha cábula de preparação para a viagem e acabei de stressar largo!
Estou a um mês e meio de me pirar e reparei agora que tenho x coisas a fazer, nomeadamente:
* Fazer o meu cartão único
* Ir à consulta do viajante apanhar vacinas porque vou andar por países exóticos (eu bato mal por ir fazer análises ao sangue por isso ser picada x vezes vai ser lindo)
* Seleccionar um tarifário de roaming que me permita falar a baixo custo (embora logicamente vá ter um número brasileiro quando estiver por lá)
* Arranjar estadia em couchsurfing para os States (se alguém quiser sugerir amigos be my guest)
* Comprar um chuveiro portátil para tomar banho no Burning Man e uma máscara para não morrer com as tempestades de areia
* Comprar umas sandálias de borracha para não me picar nos corais de Salvador
* Comprar um adaptador de tomadas
* Comprar uma web cam e um micro para instalar no meu portátil fixo para que os meus papas possam regularmente falar comigo a partir de casa...

Bem, concluindo estou em stress....
*

Voyage - countdown

Buh!
Voltei às minhas camomilices ao vento.

Depois da Madeira, que já serviu de grande inspiração para a minha voyage, pus-me a pensar e faltam menos de 100 dias para arrancar.
Começo a sentir alguma ansiedade e sobretudo começo a pensar com maior regularidade nas saudades que irei ter do que aqui deixo. É estranho, mas até aqui ainda não tinha pensado muito nisso, mas agora à medida que o tempo se aproxima esse tem sido um pensamento recorrente.
Quero apenas manter-me motivada e determinada na minha decisão e esperar que o tempo passe calmamente até dia 12 de Agosto. Este vai ser sem dúvida o meu meio principal de contacto com Portugal, por isso malta tá a tornarem-se seguidores e a acompanharem o blog da Camomila :)

Beijocas,

Carina

Madeira...sinónimo de capoeira

Hoje vou falar-vos muito brevemente da minha ida à Madeira, a pérola do Atlântico que recentemente descobri numa viagem de seis dias para um evento de capoeira. O meu grupo, a Fundação Ginga Capoeira (FGG) reuniu a malta para passar uns dias a desfrutar do sol da ilha e a fazer capoeira até os ouvidos doerem de ouvir berimbau. Quase 20 capoeiristas do continente apanharam voo para o Funchal e foram calorosamente recebidos pelos conterrâneos que fizeram de tudo para tornar a nossa estadia o mais prazerosa possível. Conseguiram sem dúvida. Com alojamento no Pavilhão da ADRAP em Água de Pena, corremos uns quantos sítios dignos de registo e provamos algumas das ementas da gastronomia tradicional. Claro está que a Poncha e o Vinho da Madeira estavam incluídos. Tornei-me fã do último, já a Poncha não é bem para o meu bico. Provamos também a Niquita - deixo a minha sugestão, provem sem alcool, porque com é altamente enjoativo. Parece que estão a beber uma Super Bock já morta :P Mas voltando aos locais, fizemos praia em areia artificial e praia no meio dos calhaus para deixar o abadá bem porco para as apresentações. Visitamos o centro do Funchal - que em nada me pareceu afectado pelas últimas cheias que todos ouvimos falar através do telejornal - e descobrimos que deve haver por lá um fulano magnata de alcunha Sá porque tudo se chama assim, o supermercado, a bomba de gasolina, o café, enfim. Mas mais importante que isso percebi o porquê de esta ser a pérola do Atlântico. Se algum dia lá forem não deixem de ir ao Molhe. É o bar com a vista mais fenomenal que já vi. Não vale pela música, mas façam como eu capirinha negra e bota curtir "vem dançar comigooooo, quero-te ver dançar" kakaka. Hilariante. Não se queixem se acabarem a noite a dizer "Em vim numa spacio-nave, vim batendo aqui e ali. Eu fui rapitado por extraterrestres". (Foi uma private joke). Finalmente, um agradecimento especial ao Filósofo e ao Artesão, duas pessoas fantásticas que por lá conheci, e que guardo no coração. Quero-vos ver cá em Julho para a minha despedida. Um agradecimento também à Narizinho e ao Corvo que foram incansáveis e tornaram esta viagem digna de mais tarde recordar. Deixo ainda um beijinho ao Sir InaciÊ do Carmo por me ter aturado em moca e por tantas vezes me ter feito rir. De resto, beijo enorme a todos. Vou sentir falta do axé da ilha :)